O leite é um ingrediente muito presente na alimentação da população brasileira, já que é sinônimo de cálcio, proteínas, magnésio e outros nutrientes. Porém, para alguns organismos, esse alimento nem sempre é bem-vindo.
A alergia ao leite de vaca acontece quando o sistema imunológico da criança rejeita as proteínas presentes nesse alimento. Em consequência dessa rejeição, a criança pode sentir muito desconforto, podendo ter reações graves.
Segundo os dados da Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN), a alergia alimentar tem 1% de incidência em crianças maiores de 6 anos e 2% a 3% em crianças com menos de 3. Por isso, é preciso estar atenta na alimentação dos seus pequenos.
Assim, separamos as perguntas mais frequentes para você se informar e saber tudo sobre a alergia ao leite, ajudando seus filhos a não sofrerem mais com esse desconforto. Confira!
1. Alergia ao leite e intolerância são a mesma coisa?
Alergia ao leite e intolerância não são a mesma coisa!
A alergia alimentar, nesse caso ao leite, é uma reação adversa ao componente proteico, ou seja, a proteína presente no leite causa reações não esperadas ao sistema e mecanismos imunológicos. É mais comum em bebês e crianças.
Já a intolerância à lactose é uma reação adversa decorrente da falta ou diminuição de lactase, enzima que digere a lactose, ou seja, envolve o sistema digestivo — a digestão e o metabolismo dessa enzima. É mais comum em adultos e idosos.
2. Quais são os sintomas da alergia alimentar em criança pequena?
Os sintomas dependem da gravidade da alergia, podendo surgir minutos após a ingestão do alimento, horas ou dias. Em alguns casos, até o odor do leite ou produtos que tenham o leite na receita já desencadeiam os sintomas.
Os sintomas da alergia ao leite são diversos, e podem se manifestar na pele e nos sistemas digestivo e respiratório. Os mais comuns são:
dificuldade de ganho de peso;
crescimento lento.
Sintomas no sistema digestório:
falta de apetite;
dificuldade de digestão;
vômitos fortes e regurgitações frequentes;
cólicas agudas;
diarreia;
sangue nas fezes;
prisão de ventre.
Sintomas no sistema respiratório:
coriza;
obstrução nasal;
chiado no peito.
Sintomas presentes na pele:
vermelhidão e coceiras;
inchaço de lábios e pálpebras.
3. Como diferenciar cólica normal da alergia ao leite?
Para diferenciar a cólica comum da cólica gerada pela alergia ao leite, é preciso analisar bem os sintomas, já que a cólica normal não vem rigorosamente após a amamentação, além de causar menos dor e desconforto do que a alergia ao leite.
A alergia ao leite tem sintomas mais graves, incluindo problemas intestinais, além de irritabilidade, vômitos, inchaços, vermelhidões na pele e outros sintomas já citados.
4. Como se diagnostica alergia alimentar em criança pequena?
O diagnóstico de alergia alimentar é feito a partir do relato dos sintomas, de exames de sangue, além do teste de provocação oral, em que é dado o leite para a criança ingerir e, assim, avaliar o aparecimento dos sintomas. Também pode ser sugerida a retirada do leite da alimentação do seu pequeno para observação da reação alérgica.
O resultado do exame de confirmação da alergia ao leite pode demorar, aproximadamente, 4 semanas para a conclusão, já que dependerá da velocidade do surgimento e desaparecimento dos sintomas e das reações — e também da gravidade da alergia.
5. É possível um bebê que só mama no peito ter alergia alimentar?
Sim, bebês que se alimentam apenas do leite materno também podem apresentar os sintomas, devido a uma parte das proteínas do leite de vaca, ingerido pela mãe, serem transmitidas pelo leite materno, causando alergia ao bebê.
Caso a mãe perceba a alergia no seu bebê, a sugestão é que evite o consumo de produtos com leite de vaca e substitua-os por leite de soja e derivados que sejam sempre ricos em cálcio.
6. Há tratamento para a alergia ao leite?
Felizmente, sim! O tratamento para alergia de seu filho é feito pela remoção imediata do leite e seus derivados da dieta alimentar, além de retirar comidas e bebidas que levem leite na sua receita, como pizzas, molhos, sobremesas e biscoitos.
Como é a proteína que causa a alergia, é preciso que a criança tome o leite adequado indicado pelo pediatra, já que precisa ser um leite nutritivo e fortificante.
As indicações de leite mais comuns para esse caso são: Nan Soy, Pregomin, Alfaré, entre outros.
Caso a fórmula do leite que seu bebê ou criança esteja tomando seja deficitária de alguns componentes, o pediatra deve indicar vitaminas e suplementos, pois a falta de alguns nutrientes pode causar doenças como Beribéri, que é falta de vitamina B, ou Escorbuto, falta de vitamina C.
7. Como fica a alimentação das crianças sem leite de vaca?
É possível manter uma alimentação saudável sem o leite de vaca.
Para os bebês que foram diagnosticados, a mãe deve parar de se alimentar dessas proteínas que causam a alergia. Além dos cuidados com a amamentação, bebês de até 1 ano devem consumir fórmulas lácteas infantis.
Crianças com mais de um ano, ou que não são mais amamentadas pelo peito, passam a ingerir alimentos fortificados, como leite de soja ou outro tipo de leite indicado pelo pediatra.
É importante que os pais estejam atentos aos sintomas apresentados pelo seu bebê ou sua criança para evitar o sofrimento dos seus filhos e manter a alimentação deles rica e saudável.
Sem os cuidados adequados, a alergia à proteína do leite pode causar danos no crescimento e desenvolvimento das crianças, já que elas ficam mal-alimentadas.
Por fim, a dica para identificar a alergia é ir retirando da alimentação das crianças ingredientes potencialmente alérgicos. Deixe-os fora do cardápio por, aproximadamente, 5 dias. Anote tudo, e se os sintomas desaparecerem quer dizer que seu filho é alérgico a algum desses produtos. Depois disso, procure um pediatra que guiará vocês ao melhor diagnóstico e tratamento!
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