A amizade é um dos bens mais preciosos da vida. Por isso, é importante que os pais busquem ajudar o filho a fazer amigos desde cedo. Assim, ele crescerá sabendo cultivar os valores para um relacionamento duradouro.
Mas, na correria do dia a dia, às vezes essa tarefa fica em segundo plano, sendo difícil dar atenção a esse ponto. Porém, com alguns truques simples e fáceis de encaixar na agenda, essa realidade pode mudar e você pode colaborar com o desenvolvimento social da criançada.
Conheça agora sete segredinhos para ajudar seu filho a fazer amigos!
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1. Ofereça oportunidades para seu filho socializar
Em tempos de famílias cada vez menores, morando em apartamentos e com os pais vivendo uma rotina pesada de trabalho, a maioria das crianças pequenas tende a ter um círculo restrito de contato com outras crianças. Se não tiverem irmãos, esse tipo de relacionamento pode ficar reduzido exclusivamente aos colegas da escola.
É claro que os amiguinhos do colégio são um ótimo começo para a socialização e amizade. Mas, para fortalecer esses laços, os pais podem ir além, promovendo encontros em lugares diferentes com as crianças. Se essa é a realidade do seu filho, comece por aí.
Convide algumas das crianças com as quais seu filho tem mais afinidade para passar uma tarde na sua casa, por exemplo, ou para uma festa do pijama, ida ao cinema ou parquinho. Viver experiências além da sala de aula proporciona novas descobertas e afinidades, sem falar que cria memórias inesquecíveis.
Se você mora em condomínio, busque conhecer os pais e as outras crianças do seu prédio para apresentá-las ao seu filho. Se há outras crianças pequenas na sua família, visite-as com mais frequência. Lembre-se ainda de suas amigas que têm filhos e articule encontros entre vocês e eles, promovendo a amizade entre gerações.
Você também pode matricular seu filho em atividades como esportes, escolas de música ou idiomas. Outra dica é frequentar espaços que costumam estar sempre cheios de outras crianças: o playground do shopping, parques e praças públicas, eventos como teatros e cursinhos, entre outros.
2. Conte histórias sobre amizade para o seu filho
Contar histórias para as crianças é um momento prazeroso, divertido e muito propício ao aprendizado, já que o seu filho provavelmente estará relaxado e concentrado no que está ouvindo. Aproveite essa situação para tratar da amizade e seus valores.
Escolha títulos adequados para a idade do seu filho, de preferência com ilustrações e conteúdo que fortaleça sentimentos de lealdade, segurança, confiança e alegria, seja entre outras pessoas, seja até com animais de estimação.
Você também pode dedicar um tempo para assistirem juntos a filmes com esses mesmos temas. Há diversos desenhos que reforçam a amizade em diferentes circunstâncias da vida, que a criança pode usar para se identificar e espelhar nos seus próprios relacionamentos pessoais.
Após viver esses momentos, peça para que seu filho conte a história ou o filme que viram. Assim, você também pode analisar o que ele absorveu e o que mais o impactou.
Lembre-se também de observar em quais situações ele vai colocar esse aprendizado em prática. Muitas vezes, pode começar com os próprios bonecos, em uma brincadeira solitária, até se estender a toda a criançada.
3. Seja o exemplo para ajudar o filho a fazer amigos
Mesmo que seus amigos ainda não tenham filhos, certifique-se de passar um bom tempo de qualidade com eles — e deixar que seu filho perceba que você faz isso. É muito mais fácil uma criança aprender com o exemplo dos pais do que com o que eles apenas dizem.
Como falar para o seu filho sobre a importância de ter amigos se você nunca encontra — ou nunca tem tempo — para se dedicar às suas próprias amizades? Valorize e dedique-se a manter esses laços sempre bem estreitos. Assim, seu filho poderá ver, na prática, como é bom ter amigos.
Para isso, não é preciso criar grandes eventos ou fazer festas. Aja naturalmente, convidando seus amigos para frequentar sua casa, contando para o filho que você passou a tarde tomando um café com a “tia” e que foi legal, entre outros.
Aproveite também para contar para seu filho sobre seus diferentes amigos, mostrando que amizade não se restringe a apenas uma pessoa e que devemos respeitar, cultivar e curtir nossos amigos como são, cada um do seu jeitinho.
4. Ofereça suporte emocional para o seu filho
As primeiras relações sociais de uma criança acontecem dentro de casa, com os pais. Por isso, o seu filho precisa confiar em você e saber que pode falar sobre o que precisar. Se ele não tiver essa segurança, poderá ter dificuldades em se abrir também com pessoas de fora, inclusive outras crianças.
Mostre-se sempre aberta a ouvir, conversar e aconselhar o seu filho. Dê importância ao que ele conta e vive, acolhendo e retribuindo com carinho, mesmo que seja necessário um feedback mais duro, como uma correção.
Converse desde cedo com ele, ajudando-o a entender suas emoções e sentimentos. Ensine o que são alegria, tristeza, raiva e medo e quais são os sinais que nosso corpo nos dá quando vivenciamos esses sentimentos.
Dessa forma, ele também terá facilidades em se expressar quando precisar dividir com você alguma situação pela qual estiver passando. Isso vai ajudar na hora de aconselhá-lo, por exemplo, sobre o amiguinho da escola que não quis dividir o giz de cera ou sobre o medo de encarar o colégio novo, cheio de crianças novas.
5. Conheça a personalidade do seu filho
Algumas crianças são bem extrovertidas, falam bastante e gostam de interagir com quem quer que esteja por perto. Outras são mais tímidas e preferem ir com calma quando o assunto é relação social. Identificar a personalidade e as características do seu filho também vai ajudá-lo no processo de fazer amigos.
Forçar uma criança introvertida a se entrosar ou ser o centro das atenções em uma festa, por exemplo, pode ser traumático e contar muitos pontos negativos para ela, no presente e no futuro.
O ideal é ir enturmando-a aos poucos e não a forçar, de maneira alguma, a dar um passo que ela não queira na hora de fazer amizades. Lembre-se de que ter amigos deve contar como algo positivo, não negativo.
Repare também se seu filho tem um amiguinho mais chegado, com o qual ele sempre prefere brincar sozinho, ou se fica mais feliz e animado quando está dividindo momentos com um grupo maior de crianças.
Se perceber que ele prefere brincar calmamente, apenas com uma criança por vez, deixe essa experiência acontecer. Provavelmente, esse é um traço da personalidade dele, que não significa que ele não saberá socializar ou que não terá muitos amigos.
Por outro lado, não projete na criança o que você sempre quis ser — ou sempre sonhou para ela. Deixe que seu filho vá experimentando e descobrindo seus próprios limites, alegrias e até tristezas. Garanta apenas que você esteja sempre por perto quando ele precisar de auxílio.
6. Converse com os professores
Reunião de pais e professores, notas, agendas e boletins. É a esses itens que se restringe seu relacionamento com os professores do seu filho?
Dentro da sala de aula, um professor passa bastante tempo com seus alunos. Tempo suficiente para conhecê-los e observar como cada um se posiciona e se relaciona com os outros colegas de classe, com as atividades em grupo e nos momentos de lazer, como o recreio.
Que tal, então, tirar proveito dessa proximidade para entender melhor como está o convívio social do seu pequeno? Busque compreender como ele vem se comportando e verifique se há situações em que você — ou o professor — pode intervir para ajudá-lo a lidar melhor com as situações sociais, fazendo novas amizades.
Geralmente, as crianças admiram e ouvem atentamente às recomendações de seus professores. Por isso, eles podem ser grandes aliados nesse processo de ajudar seu filho a superar as dificuldades e se abrir a novos amigos.
7. Deixe a superproteção de lado
Pais superprotetores podem sufocar as crianças em diversos quesitos, e um deles é o convívio social. Não deixar que seu filho aja de forma espontânea, descobrindo novas experiências e pessoas, pode prejudicá-lo na hora de fazer amizades também quando for mais velho.
Além disso, a superproteção gera crianças dependentes, que se voltarão para os pais diante do novo e que podem ter problemas quando precisarem lidar com qualquer tipo de dificuldades.
A tomada de iniciativa também pode ser prejudicada em filhos que vivem protegidos por essa redoma, sem falar na possível resistência em compartilhar brinquedos, lanches e até a atenção de outras pessoas.
Lembre-se de que, para fazer novos amigos, seu filho precisará se sentir seguro, autoconfiante, aberto a ouvir e receber outras pessoas e também a tomar a iniciativa. Precisará saber o momento de compartilhar itens e atenção, se divertir com o outro, respeitá-lo e lidar com todos os tipos de imprevistos.
É claro que uma criança não terá a mesma carga de conhecimento e sabedoria que um adulto ao lidar com tantos fatores, mas, para isso, ela precisa criar sua própria experiência e saber que pode contar com os pais para auxiliá-la nesse processo — e não para tomar todas as decisões por ela.
Agora você já sabe os sete segredinhos para ajudar o filho a fazer amigos. Seja dando o exemplo, promovendo novas atividades ou controlando a superproteção, incluir essa missão no dia a dia ficou mais fácil! E que tal sempre receber mais dicas sobre a educação dos pequenos como essas? Assine nossa newsletter e fique de olho no seu e-mail. Até breve!
Ótima matéria