A maternidade é um período de muitas dúvidas, marcado por uma constante sensação de que uma lista de “horas certas” precisa ser cumprida. Quando dar a primeira papinha? Qual é a idade certa de o bebê falar? E de andar?
Entre esses “momentos ideais”, um dos mais angustiantes para as mamães é o de saber a hora mais propícia para matricular o filho na escola.
Esse assunto tende a produzir uma série de angústias, pois surgem muitas incertezas. Será que meu filhote já está mesmo preparado para a mudança de ambiente ou para o contanto com outras crianças? E se uma educação formal prematura levar à queima de etapas na aprendizagem?
Essa reflexão, como em quase todas as fases da maternidade, também está cercada de conselhos e manuais que estabelecem definições precisas, mas muitas vezes contraditórias entre si.
Isso pode gerar ainda mais confusão ou, em alguns casos, até mesmo uma sensação de culpa por parte das mães. Afinal, esse período difícil também é caracterizado por uma quebra daquela rotina diária gostosa do contato constante com os filhos desde o nascimento.
Neste post vamos mostrar a você como suavizar essa fase repleta de mudanças e ajudá-lo a tomar as decisões mais coerentes, baseadas nas suas necessidades e no conforto do seu bebê!
Saiba o que a lei exige sobre o momento de colocar o filho na escola
Desde 2013, por meio da lei nº 12.796, a matrícula escolar das crianças brasileiras na educação básica deve ser feita de maneira obrigatória a partir dos quatro anos de idade.
No entanto, entre o fim da licença-maternidade e a idade exigida pela legislação, existe um período de tempo significativo, em que os pais devem refletir bastante sobre qual seria o momento propício para os pequenos começarem a frequentar instituições de ensino.
Os especialistas apontam que não há uma resposta absoluta para essa questão, pois cada criança e cada família possuem peculiaridades que devem ser pesadas na hora da decisão.
É preciso, portanto, analisar uma série de fatores que influenciam diretamente esse aspecto: o seu trabalho, a impossibilidade de deixar os filhos com pessoas de confiança (papai, vovós ou titias) e, sobretudo, o preparo emocional e afetivo tanto da mamãe quanto da criança para essa nova fase.
Por isso, colocar o filho na escola exige um tempo de reflexão e amadurecimento. Esse passo não pode ser dado por meio de uma atitude repentina ou pouco planejada.
Considere o amadurecimento do sistema imunológico do seu filho
Como sabemos, a maturação do sistema imunológico do bebê acontece por volta de dois anos de idade. Nesse momento, ele já recebeu as principais vacinas e o seu corpinho já produziu uma série de anticorpos.
Desse modo, se a criança ingressa numa instituição de ensino antes dessa idade, ela estará mais exposta a vírus e bactérias dos coleguinhas e, consequentemente, corre mais risco de ficar doente. Assim, caso os pais não tenham alternativa por causa da rotina do trabalho, alguns cuidados devem ser tomados para minimizar os riscos de doenças infecciosas.
Procure, por exemplo, escolas em que seus bebês só vão ter contato com crianças da mesma idade. Nessa situação, um berçário pode ser uma ótima opção. Além disso, converse com o pediatra sobre formas de prevenir alergias e outras doenças, além de verificar as condições de higiene, de luminosidade e de alimentação das instituições de ensino.
Avalie o preparo da instituição de educação Infantil
É importante que os pais tenham clareza de que, apesar de serem voltadas para as crianças, as instituições de ensino que se dedicam à educação infantil devem estar preparadas para ser um ambiente de estímulo à socialização e ao primeiro contato dos pequenos com a instrução formal.
Por isso, antes de eleger uma escola, é preciso pesquisar bem se ela possui uma proposta curricular bem formulada, adaptada às necessidades a cada faixa etária. Além disso, é importante saber se ela estimula a formação continuada dos professores e se os espaços pedagógicos que ela oferece são coerentes com o planejamento proposto no papel.
Por fim, é importante avaliar a estrutura e a segurança daquele ambiente em que seu filhote poderá passar boa parte do dia. Uma visita detalhada ao local e uma boa conversa com os responsáveis serão definidoras para essa avaliação.
Coloque o afeto e o diálogo como primordiais
É muito comum escutarmos que a escola constitui uma extensão do próprio lar. Nesse sentido, esses dois lugares devem ser encarados como complementares para o processo de educação das crianças.
Assim, é importante que, para escolher a instituição mais adequada, os pais busquem perceber também como aquela escola estimula o desenvolvimento das competências afetivas da criança e que metodologias de ensino ela emprega.
Ela está preparada para lidar com as individualidades, características e dificuldades particulares de cada pequeno? Como a instituição planeja a adaptação das crianças nos primeiros dias de aula?
Além disso, a escola deve ser acolhedora para toda a família e mostrar-se preocupada com a inserção dela no seu cotidiano. Verifique se ela garante momentos periódicos de diálogo com os pais, para que ambos possam avaliar e participar do desenvolvimento das crianças.
Converse com os outros pais
Além de visitar a escola e conversar com os seus responsáveis, uma boa estratégia para descobrir a qualidade ou deficiência daquela instituição é o diálogo com os outros pais.
Procure saber o que eles pensam sobre o método de ensino daquele local, se eles conseguem perceber o desenvolvimento intelectual e social dos seus filhos naquela escola e se eles identificam alguma carência. Fique atento ao tratamento dado pelos funcionários da escola às crianças — se há carinho e diálogo em vez de atitudes autoritárias e violentas.
Além de avaliar a instituição, essa conversa com os outros pais também é importante para a troca de experiências entre pessoas que estão atravessando a mesma fase da vida. Nesse diálogo, vocês podem dividir problemas, angústias e também soluções.
Escolher a escola não é mesmo uma tarefa fácil. Afinal, envolve a difícil decisão de buscar a melhor maneira de formar nossos bebês como cidadãos e de prepará-los para uma vida cada vez mais independente.
O mais importante nesse momento, porém, é você perceber que essa é uma etapa fundamental para o aprendizado do seu pequeno e que deixar o filho na escola não significa, de forma alguma, abandoná-lo. Ao contrário, bem planejado, esse é um ato de carinho necessário!
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