Tipos de parto: qual é o mais indicado para as mães?

Muito mais do que a gestação, o parto é um momento importante na vida da mulher. A espera para ter o filho nos braços chega ao fim, por isso é preciso conhecer e entender um pouco sobre os tipos de parto possíveis para que esse encontro aconteça.

Engana-se quem acredita que os únicos tipos de parto são a cesariana e o parto normal. Para que você saiba as diferentes formas de dar à luz e entender suas vantagens e desvantagens, organizamos uma lista com os 5 partos mais utilizados. Confira!

Quais são os 5 tipos de parto mais indicados para dar à luz?

1. Cesárea

A cesariana representa 55,6% dos partos realizados no Brasil. Esse procedimento é feito por meio de uma incisão no abdômen e na parte inferior do útero. Depois que o bebê é retirado, retira-se também a placenta, e depois o corte é costurado. Como a cesárea é uma cirurgia, a gestante recebe anestesia.

O momento mais indicado para esse parto é quando houver impedimento para o parto normal, se a mãe correr risco de hemorragia, descolamento de placenta ou o procedimento apresentar alguma outra complicação. Além disso, é indicado para gestantes cardiopatas, com diabetes ou hipertensão. A cesárea também é opção em alguns casos de falta de dilatação.

O perigo de escolher esse procedimento é que há riscos de infecção, de hemorragia e também problemas com a anestesia. O processo de cicatrização precisa de atenção especial, e problemas na bexiga e prisão de ventre são comuns como consequências da cirurgia.

O parto cesárea não é indicado em casos em que o cordão está enrolado no pescoço do bebê, quando o bebê é grande demais ou quando a gestante é muito pequena ou tem problemas de peso — quando é obesa ou magra demais.

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2. Normal

Também é conhecido como parto vaginal, já que a saída do bebê é por essa via. É um procedimento em que o bebê nasce no tempo correto, com contrações ocorrendo até o momento de dar à luz.

A dilatação do colo do útero precisa estar em 10cm, e se isso não ocorre é permitido fazer algumas intervenções durante o processo, como o uso de ocitocina — hormônio que estimula o trabalho de parto. Podem ser usadas também anestesia e episiotomia — um corte no períneo que auxilia a saída do bebê.

Esse parto permite que a mãe acompanhe todo o processo e tenha contato imediato com seu bebê logo depois do nascimento. Além disso, a recuperação é mais rápida, podendo ter alta do hospital 24 horas depois do procedimento.

Para o bebê, garante que os pulmões já estejam maduros e a oportunidade de já sugar o peito, além de menos chances de problemas respiratórios, infecções ou alergias futuras.

Gestantes que não tenham problemas de saúde são indicadas para esse parto.

3. Natural

O parto natural também nasce pela via vaginal, mas diferentemente do normal, não permite o uso de intervenções, como anestesia ou remédios que acelerem o processo. Para que tudo ocorra bem, a gestante precisa fazer exercícios para fortalecer a pelve.

Acompanhada por um profissional da saúde, a mulher tem autonomia e suas vontades são respeitadas, permitindo que ela escolha onde o parto ocorrerá e quem poderá participar. Todo o procedimento acontece de maneira espontânea e natural.

Apesar de não sofrer intervenções, complicações podem ocorrer, exigindo outros métodos para o nascimento. Se você pretende optar por esse parto, procure um profissional que lhe auxilie nessa preparação.

4. Humanizado

Muito mais que um parto, é uma atitude das gestantes. Movimento que vem crescendo no país, essa é uma tentativa de manter a mulher como foco central do processo, e suas vontades são levadas em conta durante todo o parto, como onde ele será realizado e em quais condições (música, luz etc.), por quem será acompanhada e em qual posição acontecerá.

A mulher pode escolher ser acompanhada ou não por uma doula, e o profissional de saúde nesse caso é um “guia” no processo, pois trabalha em parceria com a gestante, auxiliando nas decisões e ouvindo suas demandas, não apenas impondo protocolos.

Nesse caso, o momento do nascimento é tratado como um procedimento fisiológico normal, sofrendo intervenções somente quando necessário.

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5. Fórceps ou parto por vácuo extrator

Quando a mãe não tem condições de fazer força para que o bebê desça pelo canal vaginal ou quando a criança está em sofrimento fetal, o parto tem o auxílio do fórceps — instrumento que consiste em duas partes alongadas e conectadas que se curvam nas pontas para receber a cabeça do bebê. É preciso fazer episiotomia para que o fórceps seja utilizado. Depois de posicionado, o profissional o utiliza enquanto a mãe faz força durante a contração.

Considerada uma forma polêmica, pois pode oferecer risco quando mal utilizado, hoje é visto como um instrumento de alívio no momento necessário do parto, evitando desgaste da mãe e do bebê.

O vácuo extrator é uma ventosa de metal ou silicone ligado a uma bomba de vácuo. Quando ajustada na cabeça do bebê, auxilia na sua saída do canal vaginal.

Qual tipo de parto é o melhor?

De tempos em tempos, diferentes tipos de parto são priorizados, e várias campanhas são criadas para incentivar as mães nessa decisão. No entanto, é preciso ficar atenta, pois o parto mais divulgado pode não ser o melhor para você.

Influências vêm de todos os lados, mas a melhor forma de escolher um parto tranquilo e saudável é ouvir seu médico e entender sua condição física, para que assim vocês encontrem a melhor opção.

Aproveite os últimos meses de gestação para se informar e avaliar suas condições físicas. Se tudo estiver ocorrendo bem, o parto normal é o mais indicado, mas em caso de complicações ou urgência, o parto mais indicado é a cesárea.

Por fim, tente tirar um tempo para entender quais são suas vontades para esse momento importante. A partir disso, dar à luz será um processo mais tranquilo e uma recordação especial, deixando você mais confiante para as próximas vivências com seu filho e outros cuidados.

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