Conheça as histórias dos vestidos e da roupa infantil

Você sabia que, antigamente, a roupa infantil era voltada para reproduzir nos pequenos exatamente o que os adultos vestiam? Desde então, as roupas passaram por grandes evoluções até chegarem ao estágio em que se encontram hoje e as peças para as crianças também seguiram essas mudanças.

Com o passar do tempo, os costumes evoluíram e esse movimento provocou uma mudança de pensamento em relação às crianças e em como a fase da infância deveria ser vista. Tudo isso acarretou em avanços significantes diretamente no que elas vestiam.

Ficou curioso para conhecer a origem dos vestidos e das roupas infantis? Então continue a leitura desse post! Apresentamos uma linha do tempo dessa evolução até chegar nos dias de hoje!

Primeiras tentativas de interferir na roupa infantil

Durante muito tempo na história da humanidade, a figura infantil foi tratada somente como um ser em evolução que passava por uma fase de transição até chegar à fase adulta. Por esse motivo, não era um costume considerar os desejos, gostos e personalidades das crianças, como se elas de fato ainda não fossem pessoas.

Ao longo da História, esse pensamento foi mudando e evoluindo junto com a sociedade — o que acontece até hoje — e foi aí que a sociedade começou a pensar em roupas para crianças adaptadas para a fase da vida em que se encontravam.

Ascensão da figura das crianças no século XVIII

A mudança de pensamento em relação às crianças aconteceu de vez a partir do século XVIII, em um momento em que elas passaram a ser consideradas pessoas diferentes dos adultos — com suas próprias necessidades e desejos — e não somente como seres humanos ainda não prontos e em transição.

Com essa mudança de postura da sociedade, surgiu a ideia de desenvolver roupas voltadas para as crianças com mais cuidado. Entretanto, a vestimenta era ainda muito limitada e engessada.

As roupas infantis eram reflexo de uma sociedade que prezava muito pelo controle e pela disciplina das crianças e os modelos de vestimenta eram representados de modo fiel ao que os adultos vestiam, apenas confeccionados em tamanho menor.

Foi nessa época que os filósofos começaram a enxergar a necessidade das crianças se expressarem por meio de roupas com um ar mais leve e infantil. O movimento ganhou força com a adesão de médicos, educadores e, principalmente, de Jean-Jacques Rousseau, famoso filósofo suíço.

Este grupo conseguiu então, a partir de 1726, a liberdade para as crianças se vestirem como elas mesmas. Essa mudança resultou em vestidos com tecidos mais leves, com cores e detalhes infantis. Outra mudança muito importante foi o abandono das armações de saias nos vestidos utilizados por elas.

Roupas na era Vitoriana e o culto aos bebês

A era Vitoriana foi marcada por uma característica curiosa: a veneração aos bebês. O período aconteceu entre 1837 a 1901 durante o reinado da rainha Vitória. Mãe de 9 filhos, a rainha gostava de gastar sua riqueza em roupas e acessórios para suas crianças e os bebês tiveram grande destaque entre a população.

A época era de prosperidade e, assim como Vossa Majestade, a parcela rica da sociedade gostava de mostrar isso por meio de seus filhos.

Os bebês usavam roupas bem longas com muitos detalhes e adereços de decoração, até mesmo com um certo exagero. A intenção era mesmo exibir a riqueza e os bebês eram a melhor maneira de fazer isso. Afinal, eles chamam muita atenção, não é mesmo?

Nessa época, os recém-nascidos eram envoltos em capas e usavam gorros e outros acessórios para a cabeça, sempre com o branco como a cor predominante.

Vestidos para os meninos

As crianças até 5 anos só usavam vestidos, incluindo os meninos. Isso acontecia porque a sociedade achava que a peça era sinônimo de luxo extremo por conta de seus bordados e detalhes bem trabalhados.

Além disso, esse tipo de roupa era mais prático na hora de ir ao banheiro e para a troca de fraldas, já que as calças tinham sistemas de abertura bem complexos e arcaicos naquela época.

Quando as crianças ficavam um pouco mais velhas — geralmente a partir dos 5 anos —, as pantalletes eram adicionadas aos seus vestiários. As calças, com comprimento até os tornozelos, também eram unissex e usadas por baixo dos vestidos.

Roupas com mais movimento a partir do século XIX

A segunda metade do século XIX marcou uma mudança em relação à funcionalidade das roupas das crianças. Em 1865, o livro Alice no País das Maravilhas — marco da literatura — trazia uma personagem inteligente e alegre que usava um vestido solto e cheio de movimento.

O sucesso foi tão grande que o modelo utilizado por Alice nas ilustrações inspiraram uma série de vestidos que davam muito mais liberdade às crianças para que elas pudessem desfrutar aquela fase da vida brincando enquanto permaneciam bem-vestidas.

Esse tipo de vestimenta foi muito bem aceito na sociedade e o conceito foi adotado em massa, até que acabou perdendo aos poucos o seu espaço para os trajes de marinheiro.

Influências no século XX

Vestimentas inspiradas nos uniformes militares se tornaram modelos casuais e viraram uma febre, chegando às crianças com uma versão adaptada para as meninas em que as calças eram substituídas por uma saia plissada. A influência se deu por conta da tão admirada marinha britânica, a mais respeitada do mundo na época.

A Segunda Guerra Mundial também teve uma parcela de influência no modo de vestir as crianças. O clima tenso foi o suficiente para que as roupas ficassem em segundo plano e os modelos foram criados repletos de simplicidade e objetividade.

Retorno da sofisticação em 1920

O fim da Segunda Guerra e a recuperação da sociedade fez com que os vestidos com muito luxo e sofisticação para as crianças retornassem à moda como uma forma de mostrar poder econômico, assim como aconteceu na era Vitoriana.

O Brasil viveu por muito tempo com esse tipo de vestimenta infantil, que possuía pouca funcionalidade na hora de brincar. Nessa época, as classes mais pobres viviam passando as roupas usadas entre as gerações e, em alguns casos, usavam roupas feitas somente com remendos.

Evolução permanente a partir de 1960

A década de 1960 trouxe mudanças marcantes e permanentes para as roupas infantis. O luxo dava lugar à simplicidade, mobilidade e funcionalidade com peças de diferentes temáticas e estilos. Foi nesse período que surgiu também o jeans, adotado tanto por meninos quanto meninas.

Outra mudança significativa foi a segmentação das roupas, que passaram a ser esportivas, de passeio ou de festa, o que abriu um grande leque de opções com diferentes ajustes e tecidos na produção dos vestuários.

Junto com essa segmentação aconteceu o aumento da funcionalidade das vestimentas, que ganharam muito em conceito, e passaram a atender melhor às necessidades das crianças em todos os momentos.

Desde então, a roupa infantil só evolui e hoje ela é capaz de expressar a personalidade e os gostos das crianças, além de levar em conta fatores como a estética e o bem-estar de quem as veste.

E aí, gostou de fazer essa viagem pela evolução dos vestidos? Quer saber onde encontrar peças de roupa maravilhosas? Então entre em contato conosco para conhecer melhor nosso trabalho!

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