Saiba quais são as vacinas extra Plano Nacional de Vacinação

Ao nascer, todo bebê recebe uma caderneta de saúde, um documento importante para que pais e médicos possam acompanhar o seu desenvolvimento. Nela, consta o cartão de vacinação, onde é feito o controle de proteção do corpo humano contra doenças infecciosas.

A vacinação infantil é indispensável e expressa um ato de amor e preocupação dos pais para com os filhos. Por mérito das campanhas de imunização, hoje, doenças como o sarampo, poliomielite e rubéola estão erradicadas no Brasil. Logo, manter a vacinação das crianças em dia é uma tarefa essencial.

O calendário básico de vacinação da criança inclui todas as doses que precisam ser tomadas do nascer aos 10 anos. Porém, existem as vacinas extra Plano Nacional de Vacinação (PNV), que só podem ser aplicadas mediante receita médica e estão disponíveis apenas na rede de saúde privada.

Continue a leitura para conhecer cinco doenças infecciosas que ameaçam a saúde dos seus filhos e aprenda sobre a importância de imunizá-los!

Conheça as vacinas extra Plano Nacional de Vacinação

O extra PNV inclui as vacinas que não são contempladas pelo Programa Nacional de Vacinação. O objetivo é proteger antecipadamente o público-alvo na faixa etária mais adequada.

Na fase infantil, é indicado proteger as crianças das seguintes doenças:

  • hepatite A;
  • pneumococo;
  • meningite B;
  • rotavírus;
  • varicela.

A proteção contra essas enfermidades é encontrada nas vacinas extra Plano Nacional de Vacinação. Entretanto, a decisão de aplicá-las ou não deve acontecer em conjunto com o pediatra do seu filho. Veja as recomendações:

Hepatite A

A hepatite A é uma doença provocada por um vírus que atinge o fígado. O contágio acontece pelo contato focal-oral entre pessoas infectadas ou por meio de água e alimentos contaminados. Está associada a regiões com saneamento básico precário. Atualmente, a hepatite A é pouco frequente, logo, a taxa de mortalidade registrada é baixa.

A doença se manifesta de forma amena em crianças e costuma não reproduzir sintomas. Os pais que optarem por vacinar seus filhos devem estar atentos à faixa etária, pois bebês com menos de 12 meses não podem ser imunizados.

Como essa é uma doença de baixa incidência, os médicos recomendam a vacinação em caso de viagens para países de endemicidade alta ou intermediária. A vacina contra hepatite A é ministrada em duas doses, com 6 a 12 meses de intervalo. As reações mais frequentes são: dor no local da aplicação, febre baixa e fadiga.

Pneumococo

A vacina antipneumocócica é universalmente indicada. O pneumococo é uma bactéria causadora de algumas infecções graves que acometem a fase pediátrica. Ela protege da ocorrência da amigdalite, otite, pneumonia, meningite e sepse (infecção generalizada).

Facilmente transmitido por vias respiratórias, o pneumococo é uma ameaça aos meninos e meninas menores de 2 anos, quando ainda não têm o sistema imunológico completamente desenvolvido. Se infectados, a bactéria pode provocar complicações e levar a óbito.

A dosagem da vacina contra o pneumococo varia de acordo com a idade em que a primeira aplicação é administrada, da seguinte forma:

  • 2 meses: O bebê receberá quatro doses, a primeira no segundo mês de vida e as demais aos 4, 6 e 15 meses;
  • 7 – 11 meses: Serão aplicadas três doses a cada dois meses;
  • 12 – 23 meses: Nesse caso, a criança vai tomar duas doses da vacina com um intervalo de dois meses;
  • 24 meses ou mais: É necessário somente uma dose para efetuar a proteção.

Algumas reações adversas podem ser observadas nas 72 horas seguintes a aplicação da vacina. Além de dor e vermelhidão no local da injeção, também podem surgir febre, vômito, diarreia, sonolência e irritação.

Meningite B

Somente a rede privada de saúde disponibiliza a vacina contra o meningococo do grupo B. Essa variação da bactéria não é muito comum no Brasil, porém, é bastante grave e pode deixar sequelas. Esse microrganismo é responsável por aproximadamente 20% dos casos de meningite no país.

A ocorrência em crianças é pequena, mas, quando afetadas pela doença, o índice de morte infelizmente é alto. Portanto, é aconselhado a imunização dos bebês acima de dois meses. Veja o esquema vacinal:

  • 2 – 5 meses: três doses com intervalo de 60 dias e reforço entre 12 e 15 meses de vida;
  • 6 – 11 meses: duas doses com intervalo de 60 dias e reforço com 2 anos de idade;
  • 1 – 10 anos: duas doses com intervalo de 60 dias, sem a necessidade de reforço.

Após receber a vacina, as crianças podem reclamar de dor, apresentar vermelhidão local e febre.

Rotavírus

O rotavírus é o agente responsável pela gastroenterite, doença contagiosa que afeta o tubo digestivo causando desidratação e diarreia. O vírus é transmitido pela contaminação da água e dos alimentos. Crianças nos primeiros anos de vida são as principais vítimas.

A vacina que protege do rotavírus é administrada via oral em duas doses. A primeira dosagem deve ser recebida no máximo aos três meses, para que o reforço seja aplicado até o sexto mês de vida. Os efeitos secundários mais recorrentes são: vômito, diarreia, febre e irritabilidade.

Varicela

A varicela, popularmente conhecida como catapora, é uma doença com alto índice de transmissão entre os indivíduos. O vírus é disseminado por vias aéreas ou pelo contato com as lesões da pessoa infectada. Em crianças, a patologia é benigna e bastante comum. Já em adolescentes e adultos, ela pode desencadear algumas complicações mais graves, como pneumonia e encefalite.

De acordo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a imunização da varicela só é efetiva quando há alcance igual ou superior a 80% da população. Do contrário, a vacinação isolada contribui no aumento da proporção entre os casos da enfermidade e o número de habitantes local.

Toda criança saudável pode receber a vacina da varicela a partir dos 12 meses de vida até os 12 anos. Na rede privada, ela é administrada em duas etapas, havendo a necessidade de reforço aos 4 anos. A imunização contra esse vírus pode provocar erupções na pele semelhantes às da doença, dor no local da aplicação e febre.

Atualmente, o sistema de vacinação no Brasil é bastante eficiente. O Ministério da Saúde disponibiliza uma série de vacinas para a proteção contra diversas doenças. Entretanto, há doses que o programa nacional não fornece. Por essa razão, elas são encontradas somente na rede de saúde privada.

Os médicos comumente recomendam que as crianças sejam imunizadas contra hepatite A, rotavírus e varicela, as quais estão inclusas nas vacinas extra Plano Nacional de Vacinação. Consulte o médico do seu filho (a) para obter mais informações e para que, juntos, avaliem a real necessidade de administração das doses.

Assim como manter os filhos protegidos de doenças, transportá-los com cuidado e segurança também é um compromisso dos pais. Aproveite para tirar suas dúvidas sobre a cadeirinha para o carro e facilite sua vida na hora de sair de casa! 

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